Vazante demora tirar água da maior cheia do Negro, que desce preguiçoso
O rio Negro ainda está quase quatro metros e meio acima da marca do ano passado e o fenômeno de cheia já se avizinha
Neuton Corrêa, do BNC AMAZONAS
Publicado em: 02/10/2021 às 05:54 | Atualizado em: 05/10/2021 às 10:14
As praias que nesta época do ano costumam aparecer às margens do rio Negro, até aqui, não passam de pequenas porções de areia.
No Porto da Manaus Moderna, o atípico fenômeno se ressalta mais.
Os barcos ainda estão encostando no muro de arrimo do local, como ocorre em período de enchente.
Vazante preguiçosa
Este ano, a vazante está preguiçosa. Ela não consegue tirar a água que ficou da maior cheia da história do Negro.
Para se ter ideia, pela cota de ontem, o rio ainda está quase quatro metros e meio (4,49 m) acima da marca do mesmo dia do ano passado.
Detalhe é que a água está descendo com força menor do que as descidas do rio dos três anos anteriores.
Por exemplo, de quinta para sexta-feira, dia 1º/10, o Negro desceu 14 cm.
No ano passado, desceu no mesmo dia 18 cm; em 2019, vazou 25 cm; e em 2018, 18 cm.
Histórico
Pelo histórico das vazantes do rio, na semana que inicia, o Negro poderá ter grandes cotas de descida, mas, em dez dias, perderá força para se preparar para nova cheia.
Mas, em 2020, o rio parou de subir no dia 7 de novembro e daí em diante se armou para a cheia que atingiu 30,02cm no dia 7 de junho.
Foto: Neuton Corrêa