CrĂ©dito para pessoa fĂsica e jurĂdica fica mais caro por conta do novo IOF
ElevaĂ§Ă£o do IOF irĂ¡ encarecer o custo de emprĂ©stimos e financiamentos. Isso porque, alĂ©m das taxas de juros cobradas pelos bancos, o imposto cobrado pelo governo sobre as operações vai subir

Publicado em: 20/09/2021 Ă s 16:22 | Atualizado em: 20/09/2021 Ă s 16:22
O crĂ©dito para pessoas fĂsicas e jurĂdicas fica mais caro a partir desta segunda-feira (20), quando começam a valer as novas alĂquotas do IOF, (Imposto sobre Operações de CrĂ©dito, CĂ¢mbio e Seguro ou relativas a TĂtulos ou Valores MobiliĂ¡rios) anunciadas pelo governo para financiar o novo Bolsa FamĂlia.
O decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro eleva a alĂquota do IOF nas operações de crĂ©dito efetuadas por pessoas jurĂdicas (empresas) da atual alĂquota anual de 1,50% para 2,04%, e para pessoas fĂsicas dos atuais 3,0% anuais para 4,08%.
A alta do IOF vai encarecer o custo do crĂ©dito para empresas e famĂlias e pode ter impactos tambĂ©m na inflaĂ§Ă£o e na atividade econĂ´mica. Entre as operações de crĂ©dito que passarĂ£o a cobrar mais imposto estĂ£o o cheque especial, o cartĂ£o de crĂ©dito, o crĂ©dito pessoal e os emprĂ©stimos para empresas.
A mudança valerĂ¡ atĂ© 31 de dezembro. De acordo com o governo, a alta do IOF permitirĂ¡ uma arrecadaĂ§Ă£o extra de R$ 2,14 bilhões para custear o novo Bolsa FamĂlia.
Mais imposto
A elevaĂ§Ă£o do IOF irĂ¡ encarecer o custo de emprĂ©stimos e financiamentos. Isso porque, alĂ©m das taxas de juros cobradas pelos bancos, o imposto cobrado pelo governo sobre as operações vai subir.
No crĂ©dito pessoal, por exemplo, alĂ©m dos juros cobrados pelos bancos, o consumidor paga atualmente R$ 33,73 de IOF num emprĂ©stimo de R$ 1.000, com prazo de pagamento de 12 meses. Com a nova alĂquota, passarĂ¡ a pagar R$ 44,61 – R$ 10,88 ou 32,25% a mais de imposto.
Para a pessoa jurĂdica, o IOF num emprĂ©stimo de R$ 10 mil para capital de giro para pagamento em 12 meses subirĂ¡ de R$ 187 para R$ 242, uma alta de 28,98%, de acordo com a simulaĂ§Ă£o.
Ribeiro explica que o aumento do IOF impactarĂ¡ nĂ£o sĂ³ novas contratações de crĂ©dito como tambĂ©m refinanciamentos, ou seja, rolagem de dĂvidas, e operações de antecipaĂ§Ă£o de recebĂveis.
“Os juros jĂ¡ estĂ£o subindo por conta a subida da Selic e agora temos o aumento do IOF. Ou seja, o custo Brasil se multiplica significativamente”, afirma o CEO da ROIT.
A taxa bĂ¡sica de juros, que no inĂcio do ano ainda estava na mĂnima histĂ³rica de 2% ao ano, jĂ¡ sofreu 4 elevações e estĂ¡ atualmente em 5,25% ao ano. Para os prĂ³ximos meses sĂ£o esperadas novas altas e parte o mercado jĂ¡ projeta uma taxa de 8% na virada do ano.
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