Bolsonaro diz que manifestações no 7 de setembro serĂ£o recado ao STF

Durante discurso realizado em evento na Bahia, o presidente disse que, embora possa jogar dentro das "quatro linhas da ConstituiĂ§Ă£o", tambĂ©m poderia fazer valer "a vontade do povo" se alguĂ©m nĂ£o a obedecesse

Publicado em: 03/09/2021 Ă s 16:00 | Atualizado em: 03/09/2021 Ă s 16:33

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (03) que as manifestações previstas para o dia 7 de setembro serĂ£o um ultimato para “um ou dois” ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao falar sobre a renovaĂ§Ă£o da Corte por meio de suas indicações, Bolsonaro disse que o paĂ­s nĂ£o poderia admitir que “uma ou duas pessoas” usando da força do poder dessem outro rumo para o Brasil.

O presidente, investigado no STF, nĂ£o citou nomes especificamente, mas jĂ¡ afirmou em outras ocasiões que sua irritaĂ§Ă£o Ă© direcionada a Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso.

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Durante discurso realizado em evento na Bahia, o presidente disse que, embora possa jogar dentro das “quatro linhas da ConstituiĂ§Ă£o”, tambĂ©m poderia fazer valer “a vontade do povo” se alguĂ©m nĂ£o a obedecesse.

“Essas uma ou duas pessoas tĂªm que entender o seu lugar. E o recado de vocĂªs povo brasileiro na prĂ³xima terça-feira serĂ¡ um ultimato para essas duas pessoas. Curvem-se Ă  ConstituiĂ§Ă£o. Respeitem a nossa liberdade. Entendam que vocĂªs dois estĂ£o no caminho errado. Porque sempre dĂ¡ tempo para se redimir”, afirmou o presidente.

No mesmo discurso, Bolsonaro afirmou que nĂ£o precisa “sair das quatro linhas da ConstituiĂ§Ă£o Federal”, mas fez a ressalva de que poderia tomar outra medida se “alguĂ©m quiser jogar fora dessas quatro linhas”.

“NĂ³s nĂ£o precisamos sair das quatro linhas da ConstituiĂ§Ă£o. Ali temos tudo que precisamos. Mas se alguĂ©m quiser jogar fora dessas quatro linhas nĂ³s mostraremos que poderemos fazer tambĂ©m valer a vontade e a força do seu povo”, disse Bolsonaro.

Posteriormente, o presidente disse acreditar que, apĂ³s os atos de 7 de setembro, “aqueles um ou dois” saberĂ£o voltar para o seu lugar.

“Quem dĂ¡ esse ultimato nĂ£o sou eu, Ă© o povo brasileiro, povo esse no qual nĂ³s todos polĂ­ticos devemos lealdade”, afirmou.

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