Câmara tributa lucros e dividendos, reduz IR e projeto vai ao Senado

Os dividendos são isentos de impostos no Brasil desde 1995, e a taxação de 20% era uma das principais demandas da oposição, mas caiu para 15%

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Publicado em: 02/09/2021 às 17:32 | Atualizado em: 02/09/2021 às 17:32

A Câmara dos Deputados concluiu, na tarde desta quinta-feira (2), a votação da proposta de reforma do Imposto de Renda (IR) de pessoas físicas, empresas e investimentos. O texto segue, agora, para o Senado. 

A única mudança aprovada pelos parlamentares durante a votação dos destaques foi a redução da tributação de lucros e dividendos para 15%. Foram 319 votos a 140. O texto-base da proposta, aprovado nessa quarta (1º) previa a tributação de 20%. 

Dividendos são a parcela dos lucros de uma empresa distribuída aos acionistas. Os dividendos são isentos de impostos no Brasil desde 1995, e a taxação de 20% era uma das principais demandas da oposição. A aprovação do destaque fez parte de um acordo costurado para viabilizar a votação. 

Destaques são propostas que buscam modificar o texto principal do projeto. E, nesta quinta, ao menos 15 destaques foram derrubados.

A conclusão da votação acontece somente após a análise dessas sugestões. 

Autor do destaque, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) disse que a redução trará “avanços significativos” para a proposta e que a mudança é um “gesto em reconhecimento à importância do setor produtivo”. 

“Nós estamos fazendo justiça, pois estamos cobrando de quem pode pagar. Estamos cobrando um pouco mais daqueles que mais têm, para que com isso o País tenha condição de com a sua arrecadação investir nas áreas prioritárias, em saúde, em educação, em segurança pública, no social”, disse.

Menos imposto para empresas 

O relatório aprovado prevê redução de 15% para 8% na alíquota do Imposto de Renda das empresas (IRPJ) e corte de 1 ponto percentual na Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). O corte na CSLL está vinculado à redução de incentivos tributários destinados a setores específicos.

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Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados